segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Trilha da Farinha

O combinado era pedalar domingo, dia 28. Mas tão certo como 2+2=4, ou, quem manda lá em casa é a patroa! É eu dizer sim, se alguém (tipo o Ernesto), me ligar na sexta as 22:00 hs me perguntando se eu topava pedalar no sábado dia 27 (também), além do já combinado "Domingão dos Maridãos". A minha resposta é sim, mas daí ser certo de eu ir, depende da patroa liberar. Como eu tenho me comportado, ela me deu essa moral. A questão do "Domingão dos Maridãos", é porque a maioria dos homens casados tem alvará (para eventos esportivos, tipo futebol, bike, truco no clube, sinuca no buteco, etc.) aos domingos. Sábado é dia de acompanhar as mulheres às (arghh!) compras. Sabe como é: sábado o comercio fica aberto e blá, blá blá. E o nosso plano perfeito, de marcar nosso sagrado montain bike de sábado (pra fugir delas, as compras ok?), foi descoberto e neutralizado. Mas como eu estava dizendo, Ernesto, Danilo e eu fomos liberados por bom comportamento e marcamos no posto as 7:30 hs.
Com a intenção de pedalar de leve e voltar cedo, optamos pelo estradão da Baviera. Quando fiz o passeio na semana passada vi uma estrada que bifurcava a esquerda (no sentido de ida), já próximo a Portaria da Fazenda Baviera e quando chegamos aí, sugeri tomarmos esse caminho prevendo que uma volta nos levaria ao asfalto. bastava encontrar alguém que confirmasse. Caso contrário, meia volta pelo mesmo caminho. Ernesto e Danilo concordaram e assim fizemos. Assim que saímos do estradão uma subida íngrime, já nos assustou um pouco. Se todo o trecho fosse assim, teríamos feito uma péssima escolha. Resolvemos subir e lá em cima paramos as bikes para consultar gps e bússolas. O sol se levantando no leste a nossa esquerda mostrava que nosso rumo era sul. Nesta posição o asfalto que liga Ipiaú a Itagibá, sempre iria estar a nossa esquerda. Resolvemos continuar e logo encontramos 2 "parceiros". Eles disseram que quem poderia nos dizer com certeza o caminho era o Erivan, e que ele poderia ser encontrado na casa de farinha na beira da estrada. A estrada costava uma roça de cacau, que projetava uma sombra agradável e deixava a temperatura mais fresca. E grande foi nossa surpresa ao chegar na casa de farinha. Erivan trabalhava animadamente torrando o aipim recém ralado, num rande tacho de metal, mexendo sem parar, com um rodo de madeira. O cheiro da farinha misturado ao defumado leve da lenha que queimava, enchia o ar. Tudo muito rústico e artesanal. Coisa rara de se ver. Muito simpático e humorado Erivan forneceu a informação que precisávamos. Tiramos foto e provamos a farinha. Boa que só vendo (ou melhor, provando).
Sem perder tempo seguimos rumo a propriedade de seu Daniel, que muito gentil nos permitiu passagem e dali era só seguir o caminho que substituiu a estrada. Nós três num papo agradável, conquistávamos terreno, animados com a trilha inédita que ia em zigue-zague descendo suavemente para sudeste por 4 kms até chegar num estradão. A partir deste ponto seriam mais 8 km até Ipiaú. O resto foi tranquilidade, e entrar em Ipiaú pelo Japumerim e atravessar a ponte do Rio de Contas, comentando sobre a amnhã fechou a fatura. Chegamos ao posto depois de 2 horas de pedaladas e sedentos por uma Draft, completando 24,26 km. A trilha da Farinha é sensacional. Nem fácil, nem difícil, na medida. E o segredo para se descobrir uma boa trilha? Ter coragem de experimentar um trecho desconhecido, respeitar os locais e as pessoas por onde se passa e ter bons companheiros de MTB.

Ah. E eu não fiquei livre das compras, pois após a trilha, ainda tive que ir a Jequié visitar 2 hipermercados. :(

Iniciando a trilha

Danilo. Até ai tudo OK!

Os "Parceiros".

Erivan e a torra da farinha.

Tacho.

Ernesto em frente a casa de farinha.

Puxando os Bois.

Descendo.

Torrado: O mascote da Trilha da farinha.

Descendo de novo.
Lago.

Fechando a fatura.

Mais no Facebook:

Endomondo:

Title
Trilha da Farinha
Sport
Mountain biking
Start Time
Aug 27, 2011 7:38 AM
Distance
24.26 km
Duration
2h:07m:43s
Avg Speed
11.4 km/h
Max Speed
44.7 km/h
Calories
1294 kcal
Altitude
123 m / 201 m
Elevation
80 m ↑ / 90 m ↓

Passeio com os pequenos

No dia seguinte a estréia do Danilo, eu e Orlando fizemos um passeio com os pequenos, Luca e Mariana. O domingo estava ensolarado e perfeito para uma volta e escolhemos a estrada que vai do Japumerim até a entrada da Fazenda Baviera. Sem pressa e nos divetindo muito fizemos os 20 km (ida e volta) curtindo a manhã e a pedalada. Foi muito legal. E foi a última pedalada com o amigo Orlando antes de sua viajem. Valeu Companheiro. Sucesso em sua nova empreitada e que não faltem trilhas desafiadoras pra você. Vamos mantendo contato, com certeza a gente se encontra por estes caminhos. 

Começando o passeio.

Luca, olha pra frente. :)

Metade do percurso, completado.

Pausa para água.

Paisagem.

Dados do Endomondo:
Estradão da Baviera
Sport
Mountain biking
Start Time
Aug 21, 2011 7:55 AM
Distance
22.36 km
Duration
2h:38m:59s
Avg Speed
8.4 km/h
Max Speed
22.7 km/h
Calories
1193 kcal
Altitude
118 m / 146 m
Elevation
0 m ↑ / 20 m ↓

domingo, 28 de agosto de 2011

Amigo Peregrino no Caminho de Santiago

Hoje um amigo, respondendo meu e-mail de mudança do endereço do blog, me mandou algumas fotos de sua aventura pela Europa, peregrinando pelo caminho de Santiago de Compostela. Carlos Alberto Schnetzler Machado, também conhecido como Carlinho, ou para os mais íntimos como Caboclo Nego D'água (história tão antiga que remonta ao bons tempos do Jeep Clube de Rio Claro), fez seus 910,8 km montado numa bike, entre os dias 05 e 19 de Outubro de 2010. Parabéns Carlinho, tenho certeza que foi uma experiência  incrível. E conciliar algo tão espiritual com o prazer de pedalar, faz a aventura se tornar única. Nego D'água, você está devendo um relato mais detalhado da viajem, hein?! Estamos esperando!




Percurso total.


Pra quem não sabe mas quer ficar sabendo:

"O Caminho de Santiago de Compostela é uma rota secular de peregrinação religiosa, que se estende por toda a Península Ibérica até a cidade de Santiago de Compostela, localizada no extremo Oeste da Espanha, onde se encontra o túmulo do apóstolo Tiago.
Caminho de Santiago possui - em sua maior parte - um aspecto medieval. As catedrais góticas e românicas, mosteiros e capelas, castelos e aldeias celtas distribuem-se ao longo do percurso.
O apogeu das peregrinações ocorreu nos séculos XII e XIII. As quatro principais rotas tiveram origem neste período. Mesmo partindo de pontos diferentes, todas entravam na Península Ibérica através dos Pirineus. A partir de Puente la Reina o trajeto é o mesmo, com exceção de alguns ramais secundários. As rotas modernas iniciam-se também em cidades como Saint-Jean-Pied-de-Port, na França."

sábado, 20 de agosto de 2011

A trilha Sem Nome: O Batismo de Danilo

Conforme previamente definido este sábado foi dia de pedalar e batizar um novo pedivela, o Danilo.
As 7:30 estávamos no posto de sempre, Eu, Ernesto, Danilo (que havia saído direto de seu plantão no hospital) e em poucos minutos chegaria Orlando. Antes de mais nada um detalhe interessante: A bike do danilo tem sinetinha. Que coisa meiga. Mas deixemos de resenhar o Danilo e vamos ao que interessa! (mas que a buzininha é meiga, isso é!)
A trilha escolhida foi um percurso feito pelo Orlando na terça passada, dia 16 (feriado em Ipiaú em homenagem a São Roque, o padroeiro). O resto da turma já não teve essa sorte pois a mina fica em Itagibá e lá o feriado da cidade é em outra data. Este percurso consiste em seguir por uma estrada já bem conhecida, que liga Ipiaú a Tapirama, acompanhando o Rio de Contas pela sua margem direita, por 22 km.
Na saída do posto, encontramos o Jorge, que aceitou nosso convite, apesar de ele próprio dizer várias vezes que não tinha preparo pra chegar em Tapirama. Tanto ele quanto Danilo estavam num ritmo bom de 15 km/h de média. Danilo até que arriscou um "estou bom de preparo". Ao passarmos pela Mirabela, e encontrarmos o famigerado trecho de "areião", nosso ritmo dimuniu. Pra nossa sorte o tempo estava encoberto e uma brisa fresca ajudava a manter a temperatura agradável. Foi quando Jorge passou por um mata burro, "avuou qui nem o superôme" e aterrisou de peito no chão. Ao perceber algo estranho, me voltei rapidamente a tempo de vê-lo em pleno ar e caindo num baque seco na areia fôfa (por sorte era areia). Virei a bike e corri até ele que se levantava garantindo estar "inteiro" e mantendo o humor em alta disse: "Agora a bike tá estreiada!" Um bom gole d'água em já estávamos de volta a estrada. 
Motivando-nos uns aos outros chegamos a Tapirama e segundo o combinado, iríamos decidir juntos se tomaríamos a canôa ou contornaríamos a mineração entrando em Ipiaú pelo Japomerim. Jorge agradeceu a eferta e decidiu voltar pela canôa, já que sua casa ficava logo depois do rio. O resto de nós ficou com a opção 2. Danilo, bradava em alto e bom som sua ótima condição física. Orlando e eu concordávamos em uma coisa: Este batisto realmente estava moleza demais para o novato e decidimos presenteá-lo com um pouco de humildade!!! (huahuahua brincadeira hein Danilo!). Tomando rumo sudooeste passamos pelo pequeno cemitério de Tapirama e imprimindo um ritmo mais forte, Ernesto (queixando-se de dores de cabeça) e Danilo foram ficando para trás. Não havia mais estradas e o caminho se transformou numa singletrack formada pela passagem do gado. As subidas fortes e o cascalho solto davam um tom técnico bastante legal ao trecho até a Fazenda Paulicéia. Aos pouco Danilo começava a dar sinais de cansaço e algumas vezes era possível ouvir Ernesto responder "Eu não te falei que ia ser difícil?" A dupla do segundo pelotão seguia durona e Danilo evitava desmontar pra não ser fotografado empurrando. Mas como deve ser em todo primeira trilha, o estreiante também "bebeu seu leitinho", ou seja teve que desmontar e andar ao lado da magrela. Não esquenta Danilo, é assim com todo mundo em sua primeira trilha. E mantendo a escrita, conhecemos mais uma figura simpática que nos indica o "melhor" caminho. Estamos falando do seu Melânio, da fazenda Paulicéia, que agora certamente vai virar referência nossa para as trilha pros lados de Itagibá. Seguindo a indicação de seu Melânio conseguimos, sem maiores dificuldades, chegar ao estradão que leva a Ipiaú, por sinal o mesmo que usamos na volta da trilha do Rio do Peixe (que conto com detalhes num post anterior). Ah mas eu já ia me esquecendo. Sem dificuldade, exceto pelo pneu traseiro furado da bike do Orlando (pela segunda trilha consecutiva).
Danilo e Ernesto bastante cansados pedalam devagar quando atravassamos a Ponte do Japomerim. Como reza a tradição (que eu inventei na hora), o novato deve sofrer mas se a trilha for inédita ele pode dar o nome a ela. Danilo disse que estava cansado demais pra pensar em aqualquer coisa. Bom, se essa trilha é "Sem Nome" é culpa do Danilo.  Ao final estávamos todos muito satisfeitos, pois a trilha foi muito legal e nos despedimos depois de uma manhã bem aproveitada. Orlando e eu ainda tivemos tempo de dividir uma cerveja pra repor as calorias que perdemos na trilha. Valeu Galera!! Orlando, obrigado pela gelada!.
Por hoje é só aproveitem as fotos e comentem a vontade.


Buzininha charmosa hein? É pra espantar Nelore? 

Inicio acelerado!

Cãibra? Não gente, eu tô legal!

Foto manjada essa! Tá na hora de variar.

Saindo de Tapirama!

Cemitério!

Olha eu lá!

Força mano Ernesto!!

Vai um leitinho ai?

Alegria do Orlando. Trocar pneu na trilha!

Danilo, tá quase no fim!!



Endomondo
Title
Trilha Sem Nome
Sport
Mountain biking
Start Time
Aug 20, 2011 7:57 AM
Distance
34.12 km
Duration
3h:16m:35s
Avg Speed
10.4 km/h
Max Speed
50.0 km/h
Calories
1841 kcal
Altitude
110 m / 181 m
Elevation
84 m ↑ / 83 m ↓
Heart Rate
- / -

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Dia dois Pais Impossível!

Domingo de dia dos Pais, domingo de pedivelas na estrada.
Apesar da data, uma voltinha pra manter o ritmo não machuca ninguém, não é mesmo?
E no mais, lá em casa só eu tenho esse péssimo costume de acordar cedo nos finais de semana e ninguém vai mesmo sentir minha falta antes das 9:30 hs.
Por falar em pedivelas na estrada, essa trilha além de comemorativa, teve um destaque especial: 6 bikes participaram. Como nossa média é 3 bikes esse é um numero interessante e os presentes foram: Helber (este que vós escreve), Cristiano (também conhecido por Balofa), Gilvan (catarinense bom no churrasco), Orlando (nosso amigo da CEF), Ernesto (O cavanhaque mais profissional dos pedivelas) e Tiago (pedala bem! É o cara!!).
Premissa do dia: Voltar rápido pra aproveitar o resto do dia com a familia. E com razão.
E se é assim, os 15,6 km da impossível encaixam na medida. Trilha curta mas com um bom grau de intensidade. Subidas íngrimes e acidentadas, lajes de pedra e...onde puseram a lama que havia lá na última vez? Secou ora! E aí ficou show!
No entanto o clima agradável, da trilha passada, foi substituído por um sol derretedor de chumbo, de rachar mamonas e fritar ovo no capô de fusca (não necessáriamente nesta ordem). Todos sem excessão, sentiram. Por isso avançamos devagar, ajudando uns aos outros com paradas para descanso menos espaçadas. A motivação era saber que ao chegarmos no seu Buga a ducha de água gelada que vem da serra iria eliminar toda e qualquer sensação de insolação. E como estava gelada! E Boa!
Após 2 horas de pedal, chegamos ao seu Buga para a última parada (programada) antes de chegarmos ao posto e finalizar o dia. Seu Buga com sua habitual cordialiadade e simpatia nos recebeu. gente fina ele! Fizemos um lanche, tomamos banho pra refrescar a cuca e voltamos pra Ipiaú. E melhores de que quando saímos, diga-se de passagem!
Quase chegando na BR-330, um pneu traseiro furado, na specialized 29" do Orlando nos fez parar para uma água. Mas para um pedivela preparado como Orlando, uma camara reserva, resolveu o problema de imediato.
Gilvan, inclusive parece que rejuvenesceu uns 10 anos (veja a foto dele com o Ernesto).
Acredito que encontramos a fonte da juventude: Praticar Montain Bike, tomar uma ducha fria e completar com uma cerveja gelada no final (necessariamente nesta ordem).
Já no posto por volta de 11:00 hs fizemos um brinde especial aos pais pedivelas, aos nossos pais e a felicidade de termos um grupo amigos dipostos e animados como esse. Valeu galera!!


Da esq pra Dir.: Ernesto, Orlando, Gilvan, Tiago e Helber.

Gilvan bebendo um leitinho!!!



Balofa no estilo vaga-lume!




Água...

muito...

Gelada...
substituindo a camara.

Um brinde aos pais...


Gilvan, 10 anos mais jovem!!!



Confira também em http://www.endomondo.com/ em meu perfil e veja a trilha.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Expedição Bike na Costa do Cacau!! Data definida!

CARACA!!! ENFIM UMA DATA! VAI SER DEMAIS.
É isso mesmo, já temos uma data pra "pedivelar" até Itacaré.! O percurso de 110 km será realizado dia 17 de Setembro de 2011.



Eu e o Cristiano, fechamos a data. Quem vai, vai. Quem não vai, fica! Vamos galera, temos 1 mês pra treinar e nos preparar. Essa vai pra história!!

Percurso Completo: 110,5 km

Saída de Ipiaú-BA

Passagem por Ubaitaba! Pausa Programada!

Atravessando a Mata Atlântica!

Itacaré e a Foz do Rio de Contas!

Destino: Praia da Ribeira! Recompensa das Boas!