domingo, 11 de setembro de 2011

A Curva do Feitiço e a Travessia do Saara

7 de setembro: Dia da Independência do Brasil, feriado nacional, quarta-feira.
5:15 AM, meu relógio me avisou que estava na hora de ir pro MTB. QUE MARAVILHA!
depois de um rápido café, peguei a 29er e fui encontrar o pessoal no Posto Rocha. Puxa, até que enfim um ponto de encontro diferente. Acho que niguém mais aguenta ler Posto Shangrilá aqui no blog. Acham que ganho pra fazer merchandising. Mas não ganho.
De qualquer modo, cheguei lá e não havia ninguém, mas logo em seguida apareceu Fabiano. Logo depois Osvaldo, seguido por Cyro, Erlan e o Pedivela Danilo. Ficamos esperando mais alguém chegar. Erlan até tentou falar pelo celular, com Sergio, que disse que iria conosco.
Esperamos um pouco mais, e decidimos sair. Nosso destino era a Trilha da Curva do Feitiço (ou macumba no popular).Essa trilha recebeu esse nome porque o lugar onde ela começa é uma encruzilhada, ou seja, um local ideal para um "trabaio do bão". Nada contra, aliás, cada um com seu cada um.
Como eu ia dizendo, do posto, seguimos sentido Jequié e a 6 km, chega-se a entrada da trilha, a direita. Procurei pra ver se havia algum feitiço, porém nada foi deixado lá. No entanto, ao olhar para a o estradão me supreendi. Uma ladeira forte se projetava do asfalto e sumia numa neblina rala no alto. Beleza, já começamos bem. Erlan e Juliano, puxaram o cortejo, rumo nordeste, eu fui logo atrás num ritmo moderado, seguido pelo Cyro. Danilo e Osvaldo vinham logo atrás e na metade do caminho pararam no boteco da vaca para uma dose de leite. Normal.
Após essa subida, pra esquentar o sangue, a estrada se torna bem interessante com uma descida sinuosa e gostosa de deslisar e ao descer se descobre num vale fechado com morrotes baixos. E a neblina que ainda resistia ao sol forte que se levantava, dava ao ambiente um ar de lugar remoto. Até um friozinho fazia, e o gado preguiçoso ainda estava deitado na estrada. Uma curva fechada a esquerda e chega-se a uma roça de cacau, onde pela quantidade de folhas e galhos indicava que pouco se transitava por ali.
mas o melhor ainda estava por vir, ao sair do cacau, depara-se ao longe com uma das piores (eu digo pra mim) subidas que já tive de encarar, parecia que ia chegar na lua. Fabiano que já conhecia o trecho, riu.
depois de atravessar o mataburro, ela começa ameaçadora. Eu descidi encarar e comecei a pedalar de leve, após alguns metros percebi que se fosse devagar a bike não subiria. OLhando pra cima vi Fabiano e Erlan se distanciarem de mim e resolvi acelerar. Ao olhar pra trás já vi o resto da galera empurrando. No meio da subida (pelo menos a metade do que eu enxergava da subida), comecei a pensar em desmontar e empurrar. Mas aí, veio uma voz e disse: Não da conta? Bebe leite!
Vendo o Erlan e o Fabiano, sumindo de vista, eu respirei fundo e continuei. Quando cheguei lá em cima, percebi que, se consegui subir foi de teimoso. A rampa era bruta e eu sentia um pouco as coxas, acho que por causa do esforço dos 52 km de gongogi a 4 dias atrás. Aos poucos a galera foi chegando e comentando da subida.
Aplicando a lei da Graviração Universal de Newton, (olha o momento cultura) expressa vetorialmente como:

\mathbf{F_{1\,2}} = {G m_1m_2(\mathbf{r_2}-\mathbf{r_1}) \over \left| \mathbf{r_2}-\mathbf{r_1} \right|^3}
podemos dizer, no popular que: Tudo que sobre, deeeeeeeeeesce. As descidas que seguiram, foram fenomenais. E perigosas pois são cheias de mataburros e isso foi mtivo de alertas constantes por parte do pessoal que já conhece o trecho.
Ao final das descidas, chega-se ao um estradão plano, muito pareciso com o trecho final da trilha da Boa Sorte. Tão parecido que por 2 vezes cheguei a ficar confuso, e na dúvida se não havia-mos feito uma volta maluca e caido naquela estrada.
Para nossa surpresa, Sergio que saiu bem depois da gente nos alcançou. Ele deu um gás violento. O cara é doido (no bom sentido ciclístico).
Já no asfalto ponderamos entre retornar pela BR ou tomar um caminho as margens do Rio de Contas. Bom quem ta na chuve é pra se molhar, e como eram 8:30 hs ainda dava tempo de chegar em casa para o almoço no Clube dos Maçons (e minha mulher me recomendou tanto que eu não atrasassedas 9:30 hs).
Sabe aqueles momentos que você acha que está tudo sob controle? Pois bem, me estrepei. Quando tomamos o estradão, pensei: pqp chegamos no Saara. Alías, se fosse o Saara a areia não seia tanta. Um estradão de pura areia, que os aros das bikes afundavan uns 10 cm. Quem pode com um piso desse?
A maioria ria, enquanto alguns xingavam e repetiam: aqui eu não passo nunca mais. Mas não adiantava reclamar, a areia estava lá e não ia sair. Bem que depois da metade até eu queria que ela se incomodasse e fosse embora. Danilo, Cyro e Osvaldo, pouco cansados vinham mais atrás. Erlan, Sergio e Fabiano mais a frente. Eu fazia o pelotão intermediário esperando a galera que vinha em seguida. 9:20 hs e estávamos ainda no meio do Saara (que pelo mapa tem mais ou menos 13 km mas pra mim devia ter uns 130), resolvi acelerar. Me desculpei com a galera, por não completar a trilha com eles, mas tinha um compromisso as 10:00 hs. Cheguei ao asfalto 10 minutos depois e as 9:35 hs já estava passsando em frente ao Clube dos Maçons, rumo a minha casa. Gostei demais das trilhas, da galera e do feriado. Já estamos planejando a proxima.

Posto Rocha, 6:00 AM

Sentido a Jitaúna.

Curva do Feitiço.

Subidão nº 1.

Osvaldo subindo na manha.

Turma animada.

Danilo no Cacau.

Estradão

Osvaldo no Cacau.

De volta a BR.

Começando o Saara.

Deus me livre..

Endomondo:
http://www.endomondo.com/workouts/uG37HKcQ6HQ

Trilha Curva do Feitiço + Saara
Sport
Mountain biking
Start Time
Sep 7, 2011 6:22 AM
Distance
39.94 km
Duration
3h:25m:56s
Avg Speed
11.6 km/h
Max Speed
45.7 km/h
Calories
2131 kcal
Altitude
127 m / 290 m
Elevation
336 m ↑ / 318 m ↓
Facebook:




domingo, 4 de setembro de 2011

Expedição Itacaré: A conquista de Gongogi.

A grande sacada de pedalar é que também se excercita a paciência. É sério. Você sabe que tem que vencer distâncias e sabe que não vai fazer isso rápido. Ajuda a controlar a ansiedade.
No final da trilha da semana passada, decidimos ir a Gongogi para subir mais um degrau em nossa escada de superações. A trilha mais longa que fizemos foi a do Guloso que tem 38 km e para chegar em Gongogi, devemos vencer 52,3 km, sendo que 2/3 desta distância não fazemos a mínima idéia de como é a estrada. Tirando as informações e o levantamento por imagens de satélite.
Então, muito motivados, planejamos e as 7:00 hs nos encontramos no posto para os preparativos iniciais. 
Jocélio já estava lá, quando cheguei, todo equipado, com sua nova roupa. Jefferson chegou comigo, pois passsou em casa pra pegar a Scud, e juntos fomo buscar Ernesto. Logo em seguida, chega Sergio (não o da Harley), amigo de Jefferson e que também é da galera do Bike Aventura. Como vocês podem perceber, estamos até atraindo convidados de outros times. Isso é muito bom pra nós, pois nos dá uma motivação a mais.
O carro de apoio, já estava abastecido. Faltava só tirar a foto inicial, ajustar os GPSs. Por volta de 7:30 hs iniciamos a aventura. O carro de apoio, fez o primeiro trecho pelo asfalto da BR-330 e nos esperaria perto da rotatória da Mirabela, quando completaríamos os primeiros 9 km.
A passagem pela entrada da Mirabela, ocorreu sem parada para foto, pois nosso primeiro ponto de parada seria Tapirama. Já em Tapirama uma parada na praça para um papo e algumas fotos, afinal foi pra isso também que saimos pedalar.
A partir deste ponto o trecho nos é desconhecido, mesmo assim avançamos com entusismo. Quase sempre descendo, atravessando pastos e plantações de cacau. Quando chegamos a uma bifurcação, paramos para conversar.  Tomamos o caminho da esquerda pois, estavamos já as margens do Rio Gongogi e deste ponto, seguimos o rio por sua margem esquerda até a localidade de Nova Palma.  Registramos nosso primeiro contato com o Gongogi, que é muito parecido com o Rio de Contas e antes de chegarmos em Nova Palma, uma paradinha para um banho em suas águas geladas.
Chegar em Nova Palma, consolidou 40 km de pedal até aquele momento e já eram 11:00 hs. Estavamos dentro do previsto de chegar 12:00 hs na cidade de Gongogi. Ficamos ali somente tempo suficiente para uma água e um lanche leve.
De volta a estrada, Gongogi nos esperava. Este ultimo trecho de 12 km se pouco mostrou mais dificil do que  os anteriores pois começamos a experimentar subidas suaves porém longas, e nossos corpos começaram a sentir a distância percorrida. Quando avistamos a cidade a satisfação foi geral, todos comemoramos muito e a sensação de superação que experimentamos foi sensacional. Eram 12:28 hs quando invadimos a cidade. Os 52,3 km podem não parecer muito, mas para nós é uma grande vitória. Outro ponto a destacar é a participação da Erica no carro de apoio, além de transportar alguns ítens, também foi a reponsável pela tomadas das melhoras imagens da aventura, e que podem ser todas apreciadas no album do facebook.
Tiramos fotos e fomo conhecer a ponte para Aurelino Leal, cidade que tabém está na rota para Itacaré e é mais uma etapa a ser superada.
Um almoço a beira do rio, com arroz, feijão, frango e carne de sol fechou a empreitada. Particularmente me sinto satisfeito pela conquista. Pena que mais amigos não se juntaram a nós desta vez., por isso estamos planejando fazer este trecho novamente. Sendo também humilde, acredito que precisamos de mais tempo de preparação pra Itacaré, por isso reprogramaremos as datas. Nosso objetivo é chegar, mas não a qualquer custo. Os 10,5 km/h (com paradas e 16 km/h sem paradas) de média ainda precisa melhorar. De qualquer forma o piso é bom de se rodar, mas uma coisa eu coloquei na minha cabeça... preciso urgente de sapatilhas.


Concentração.
5 em movimento.

Ernesto mergulhando.

Subindo.

Tapirama.

Rumo a Nova Palma.

Subidas suaves mas desgastantes.

Luca, indicando o caminho.

Rio Gongogi, primeiro contato.

Pausa para um banho.

52,3 km depois.

Foto que comprova.

Repondo as calorias perdidas


Os herois.

facebook:
Dados do Endomondo:
Ipiaú- Gongogi (BA)
Sport
Mountain biking
Start Time
Sep 3, 2011 7:21 AM
Distance
52.28 km
Duration
5h:04m:11s
Avg Speed
10.3 km/h
Max Speed
39.7 km/h
Calories
2789 kcal
Altitude
86 m / 180 m
Elevation
144 m ↑ / 185 m ↓

sábado, 3 de setembro de 2011

Tente Outra Vez,Tesourinha e 3 Novos Pedivelas

Essa turma de pedivelas está cada dia maior. Tem muita gente querendo fazer parte das aventuras. Cada vez que comentamos as nossas peripécias ciclísticas, mais um se anima a arriscar uma voltinha conosco.

Domingo passado (e se, só agora estou escrevendo, foi por pura falta de tempo), resolvemos dar uma volta pros lados de Ibirataia pra conhecer a tal Tesourinha, uma localidade da referida cidade. Quem topou essa foram os pedivelas Helber, Ernesto (esses são fominhas), Tiago e os 3 novatos: Jefferson, Sérgio e o pedivela convidado Erlan (que faz parte da turma do Bike Aventura), primo do Jefferson.

Esta trilha, já começa com um recorde: Resenha mais rápida. Nem bem iniciamos o giro e eis que surge uma bicicleta exótica. Parada sobre seu pezinho (ou descanso), jazia uma brisk amarela e preta, de aço, com full suspension, 24v,  pesando uns 35 kg (o dono diz que é 15 kg. Hmmm), com um guidon tipo bmx (huahauhahuau), que apelidei de Haley Davidson. Muito exótica!! \o/

A volta pelo estradão prometia ser tranquila. uma vez que de Ibirataia para Ipiaú, o relevo desce suavemente, buscando o vale do Rio de Contas. Porém a ida seria pelo cacau da trilha "Tente outra vez". Saímos às 7:45 hs do posto Shangrilá seguindo pela BR-330, e entramos no estradão do Hotel Fazenda e passados apenas 5 km, Sergio,  montado em sua Harley já demostrava sinais de que uma luta colossal e sobrehumana se desenrolava para manter a bike em movimento. E assim o primeiro drink do dia foi servido, direto da vaca. Sergio, bebeu o leite, não conseguindo completar uma subidinha. Não é culpa dele, a bike que começou pesando 15 kg a essa altura estava em uns 20 kg.

Erlan (o mais profissional de todos ali), acompanhava nosso ritmo, se divertindo. Parecia que passeava no parque. Jefferson, mostrava um bom preparo e o seguia de perto. Eu, Tiago e Erneto, só administravamos a situação. Tudo estava bacana. O sol, escondido atrás das nuvens, dava uma folga.

E chegamos ao cacau. Passamos a porteira e iniciamos a descida. Orientei sobre a necessidade de atenção aos galhos baixos e raizes, para que ninguém batesse com a cabeça ou caisse. A travessia do tente outra vez, transcorreu sem problemas e paramos na saída da BA-130 para uma água e por o papo em dia. Sergio, que suava igual "tampa de marmita" andava de um lado para outro e bebia muita água.

Após um descanso rápido, tomamos o asfato pra descer a Serra da Garganta. E numa das subidas, a Harley bateu pino, ou melhor o dono dela. Bebeu leite uma segunda vez. Coisa normal aliás, quem não tem costume pena no início. Ernesto, alma boa e caridosa, sugeriu voltar e acompanhar Sergio, pois cansado não seria capaz de terminar o trecho, e até esse ponto ele já haviamos percorrido 10 km e a bike já alcançava os 47,8 kg.

Divididos em 2 grupos, Ernesto voltou com Sergio pelo asfalto, e os demais seguiram para tesourinha. A descida da garganta, emocionante como sempre, permite atingir 71 km/h, segundo ouvi. Eu não passo de 65 km/h, pois a última curva é muito fechada. Entramos a direita na placa que indica Tesourinha e passamos a roda em estradão novamente. Este trecho se mostrou interessante. Não apresenta dificuldades extremas, tem subidas médias e boas ladeira para embalar. Com 2:20 hs (incluindo as paradas) já estavamos de volta a Ipiaú.

Ernesto, me disse depois, que deixou Sergio em casa, e pedalou mais um pouco antes de terminar a manhã.
Essa trilha foi divertida. Espero que o Sergio, não desamine e ande com a gente novamente. Abaixo segue as fotos.

Hoje fizemos os 52,3 km de Ipiaú para Gongogi, mas neste momento estou quase dormindo enquanto escrevo este post (deve haver erros de português horríveis por todo o texto), assim, amanhã eu comento como foi, mas adianto. FOI MUITO BOOOOOOM!


Olha a Harley ai Geeeente! Chora cavado...

Olha a galera ai gente...Bate a foto, seu frentista.

Jefferson...
Café da manhã: Leite puro

Entrada do Cacau

Descida do Cacau.
Sergio acelerando sua máquina.
Esse é fera...

Aguinha...

Tiago e Eu.

Uma gelada pra fechar a fatura...


Workout do Endomondo.


Title
Trilha TOV - Tesourinhas
Sport
Mountain biking
Start Time
Aug 28, 2011 7:50 AM
Distance
30.46 km
Duration
2h:20m:31s
Avg Speed
13.0 km/h
Max Speed
59.3 km/h
Calories
1625 kcal
Altitude
115 m / 207 m
Elevation
61 m ↑ / 62 m ↓
Heart Rate
- / -


Facebook:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.258026667551454.62672.100000323685597&l=94d0c6ee19&type=1

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Experimental: A conquista de Gongogi.




Amanhã, dia 03 de Setembro, faremos uma experimental a Gongogi. Este percurso é parte do levantamento de dados para a Expedição Ipiaú-Itacaré. Queremos, além do levantamento e reconhecimento do terreno, determinar velocidades médias, estabelecer o modo de atuação do carro de apoio, condições climáticas e dificuldades diversas que poderemos encontrar.

Nesta oportunidade passaremos por 2 pequenas comunidades: Tapirama, nossa velha conhecida, as margens do Rio de Contas e  Nova Palma, as margens do Rio Gongogi.
Até Gongogi percorreremos aproximadamente 52 km, estimados através de imagens aéreas, trechos de trilhas já levantadas e informações locais. Esta distância representa 40% do total do percurso até Itacaré, que passou a ser de 129,4 km. Ou seja, 18,9 km a mais em relação aos 110,5 km da primeira estimativa.

Todos estão muito emplogados, vamos desbravar mais este trecho da Costa do Cacau, rumo ao litoral sul da Bahia.

Quem vai encarar?

Helber (Caloi 29er)
Ernesto (Specialized)
Jocélio (GTS 1.0)
Jefferson (Scud 27v)
Erica (Palio Adv Locker: Apoio Off-Road)
Carol (Corsa do Jefferson: Apoio On-Road).

Veja abaixo o percurso: